Desde a proclamação da República (1822), a população brasileira estava descontente com algumas medidas do então imperador D. Pedro I, como: a dissolução da Assembléia Constituinte em 1824, a falência do Banco do Brasil, a assinatura do Tratado de Aliança e Amizade com Portugal, o temor que o Brasil voltasse a se unir com Portugal pelo fato de D. Pedro ter herdado o trono português.
Sem saída ele abdicou o trono em favor do seu filho, Pedro de Alcântara, que tinha apenas 5 anos de idade, dando início ao Período Regencial (1831-1840), já que de acordo com a Constituição o Brasil seria governado por três regentes, até a maioridade do herdeiro.
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Como, no dia da abdicação, o parlamento estava de férias, foi eleita uma a Regência Trina Provisória (Nicolau de Campos Vergueiro, José Joaquim de Campos e Francisco de Lima e Silva), que governaria o país até o restabelecimento do funcionamento do parlamento e a eleição da Regência Trina Permanente (João Bráulio Muniz, José da Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva).
Uma figura de destaque, durante a Regência Trina permanente foi o padre Diogo Antônio Feijó, que foi eleito Ministro da Justiça e criou a Guarda Nacional, com a intenção de manter a ordem pública e deu poderes de “coronel” aos grandes proprietários de terra.
No ano de 1834. Os políticos moderados fizeram uma reforma na Constituição do Império, conhecida como Ato Adicional. De acordo com o Ato Adicional, a regência seria exercida por uma única pessoa com mandato de quatro anos. Como determinava o Ato, realizaram-se novas eleições para a escolha da Regência Una.
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O vencedor dessas eleições foi o padre Diogo Antônio Feijó, ligado à ala progressista dos moderados. Quando ainda faltavam dois anos para terminar o seu mandato, Feijó renunciou e provisoriamente a Regência foi entregue a Pedro de Araújo Lima. Novas eleições foram realizadas e Pedro de Araújo Lima foi confirmado no cargo de regente.
Durante a Regência ocorreram inúmeras revoltas nas províncias brasileiras, havia muitas razões para tantas revoltas. Algumas das revoltas mais importantes que marcaram esse período foram a Revolta dos Malês (1835), a Cabanagem (1835-1840), a Revolta Farroupilha (1835-1845), a Sabinada (1837-1838) e a Balaiada (1838-1841).
A cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu na província do Pará, dela participou uma multidão de homens e mulheres pobres. A Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul e foi a mais longa revolta brasileira, uma das principais causas foram os problemas econômicos dos produtores rurais.
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Guerra dos Farrapos
A Revolta do Malês aconteceu em Salvador, os negros africanos, denominados Malês organizaram um movimento para matar os brancos e conquistarem sua liberdade, mas acabaram derrotados pelas autoridades, muitos morreram outros foram presos, alguns condenados ao açoite público e outros ao fuzilamento.
A Sabinada ocorreu entre 1837/38, também na Bahia organizada pelo Médico Francisco Sabino e alguns intelectuais, eles queriam instaurar uma república enquanto o príncipe herdeiro fosse menor de idade, mas acabou com a prisão de seus líderes e morte de muitos.
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A Balaiada aconteceu no Maranhão entre 1938/41, foi uma revolta popular insatisfeita com a crise econômica, liderada por Manoel Francisco dos Anjos (fazedor de balaios), Raimundo Gomes (vaqueiro) e Cosme, líder negros de escravos fugidos, mas com o ataque de Luís Alves de Lima e Silva a revolta foi derrotada, também com muitos mortos