terça-feira, 5 de outubro de 2010

Segundo Reinado

- Jogo político; Disputas entre liberais e conservadores:

Muitos políticos influentes, durante o Período Regencial, defendiam que só havia uma maneira de acabar com a falta de autoridade do governo central e de preservar a unidade territorial do Império. A solução era transferir o poder para Pedro de Alcântara e encerrar então o Período Regencial, mas o príncipe era ainda menos de idade, tendo apenas 14 anos.



Foi fundado então, o clube da Maioridade, organização política cujo objetivo era lutar pela antecipação da maioridade do príncipe. Em 1840 o movimento foi vitorioso, antecipando a maioridade de Pedro de Alcântara, sendo chamado por isso de Golpe da Maioridade, ele foi aclamado imperador como título de Pedro II. Iniciava-se o Segundo Reinado, período que durou quase meio século (de 1840 a 1889).



Por volta de 1840 os políticos regressistas criaram o Partido Conservador e os progressistas fundaram o Partido Liberal, esses dois grupos dominaram a vida pública durante o Segundo Reinado. Mas havia grandes diferenças entre os eles e as disputas entre os dois partidos era centrada mais nos interesses pelo poder do que nas propostas políticas.

Marcada as eleições para a nova Câmara dos Deputados, a disputa política entre liberais e conservadores tomou conta do país. As eleições foram marcadas por violência e fraude, os liberais venceram através de fraudes e de espancamentos e essas eleições ficaram conhecidas como eleições do cacete.

- Parlamentarismo no Brasil; Modernização

O Parlamentarismo no Brasil iniciou-se no Segundo Reinado (1840-1889) em 1847, o presidente serio o chefe do ministério e encarregado de organizar o Gabinete do Governo. Após a realização de uma eleição, D. Pedro II nomeava para o cargo de Primeiro Ministro um líder do partido político vencedor, que montava o gabinete ministerial.



Neste período foram criados dois partidos, O Liberal, que tinha 21 gabinetes e ficou 19 anos e 5 meses no poder, e o Conservador, com 15 gabinetes e ficou 29 anos e 9 meses no poder.



A partir da segunda metade do séc. XIX inicia-se um período de grandes transformações na economia brasileira, acompanhadas de outras mudanças políticas e sociais, o centro econômico do país sai das áreas agrícolas do Nordeste para o Centro-Sul, em razão dos cafezais que se expandiam. Parte do dinheiro obtido com a venda do café foi aplicada na industrialização do Brasil.

- Café: Novo ouro brasileiro; Os primeiros imigrantes

O café foi introduzido no Brasil, no ano de 1727, mas inicialmente servia apenas para o consumo local. No século XIX, o tomar café tornou-se hábito também nos Estados Unidos e na Europa, o que fez aumentar a demanda por esse produto. Devido a clima e ao solo adequado, o café passou a ser cultivado no Sudeste do Brasil. A mão-de-obra escrava que era utilizada no país, foi deslocada em parte para essa função.



Com isso, em pouco tempo o Brasil e tornou o maior produtor mundial de café, e esse passou o seu principal produto de exportação, fazendo com que a economia, que vinha em baixa desde a independência, se recuperasse. O centro político do país foi transferido do Nordeste para o Sudeste, devido ao prestígio alcançado pelos grandes proprietários de café.



Com a abolição da escravidão, as lavouras de café passaram a funcionar com o trabalho de imigrantes. O senador Nicolau de Campos Vergueiro foi o primeiro a trazer imigrantes alemães, belgas e suíços para trabalharem nos seus cafezais.



Eles trabalhavam no sistema de parceria, onde parte da produção fica com eles e a outra parte ia para os proprietários. Porém, isso não acontecia, eles eram explorados, obrigados a trabalhar de sol a sol e tratados como escravos. Por esse motivo esse sistema fracassou e desestimulou a vinda de novos imigrantes para o Brasil.